Centro de Dia Luz Soriano

No contexto do progressivo envelhecimento populacional, o crescimento de faixas etárias mais avançadas é inevitável. Em Portugal, o aumento do número de idosos ocorreu de modo relativamente rápido durante a década de 1990 e, em 2001, pela primeira vez, o número de idosos foi superior ao número de jovens. Com o aumento da esperança média de vida, potenciado pelos avanços na medicina, é necessário reflectir sobre as alterações que tal facto acarreta. A Arquitectura, como uma das principais acções humanas sobre o seu meio, vê a sua obrigação acrescida, pois deve corresponder ao desafio de forma eficiente. Para adaptação da produção arquitectónica às necessidades dos idosos, é necessário perceber os processos de envelhecimento físico, assim como fenómenos sociais e psicológicos, o comportamento do indivíduo da 3ª idade, a sua percepção do ambiente em sociedade, bem como a sua forma de expressão. É da responsabilidade do Arquitecto a criação de estruturas / ambientes que combatam e evitem a inércia / inactividade / incapacidade causada pelas consequências “mais castradoras” do envelhecimento. É um forte instrumento – e uma grande responsabilidade – a manutenção e trato social que pode advir desta forma de intervir, sendo mesmo decisiva na atitude da sociedade, perante uma das fases da vida que tem vindo a ser marginalizada.

"Somos todos génios, mas se julgarmos um peixe pela sua capacidade de subir a árvores, ele vai acreditar que é um idiota." (Albert Einstein)